segunda-feira, julho 23, 2007

Gato Fedorento--HEIDEGGER e o 4-4-2:

TEXTO DE MIGUEL GOIS.

Foi, ontem, apresentado o livro “Liderança – As Lições de José Mourinho” de Luís Lourenço, baseado na sua tese de mestrado.
Segundo o autor, José Mourinho "é diferente por partir de um novo paradigma de pensamento, preconizado por Heidegger ou Morin, por exemplo, e o operacionalizar. Trata-se de um novo olhar para o Todo, que põe de parte a divisão e análise das partes e o pensamento cartesiano de há quatro séculos".

Cada vez que leio isto (e faço-o várias vezes ao dia, na esperança de o vir a compreender), gosto de imaginar a seguinte conversa entre dois adeptos, à saída de Stanford Bridge:

- Eh pá, o Chelsea não merecia ter empatado este jogo.
- Pois não. Mas a primeira parte foi tão má que parecia que o Mourinho não tinha lido “O Ser e o Tempo”.
- Quantas vezes é que o Heidegger avisou que o 4-4-2 só resulta se o trinco compensar a subida dos laterais?
- Exacto. Meu amigo, se é para ver a nossa equipa voltar ao pensamento cartesiano, não contes mais comigo para vir ao estádio.
- Calma. Também tens que perceber que estava nevoeiro. Se calhar, por isso é que, durante a primeira parte, o Mourinho não conseguiu ver o Todo.
MG

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